De repente você desperta. Abre a janela. A primeira brisa da manhã bate como um sorriso. Respira fundo. Silêncio. Um carro passa. Ao fundo um galo atrasado anuncia o novo dia. As necessidades chamam e como é bom estar funcionando, quanta bênção mora numa cagada. Bem-te-vis e maritacas e todo tipo de pássaros voam por aí com seus cantos e asas. Põe água no fogo. Manteiga no pão. O cheiro do café é o perfume de Deus. Acende um cigarro e sai pro quintal. Olha o céu as nuvens só poesia. Vento no rosto. Vozes de crianças a caminho da escola. Comentam sobre o humorístico de ontem, o jogo do Corinthians, o almoço da avó, a lição-de-casa que ambos esqueceram. Cigarro entre os dedos café na outra mão. O gato enfim se levanta de cima da máquina-de-lavar e solta seu primeiro miau de quero comida, com aquele jeitinho criminoso chegando devagarinho tomando conta da gente. Liga o rádio pra entrar no banho. A voz de João Gilberto a água que bate no corpo, ah, isso é a felicidade. quem ouvir o ho-ba-la-lá terá feliz o coração.
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Você está certíssimo! Poder honrar as necessidades, no meu caso matutinas, é benção pura! Perceber e desfrutar de todas as outras antes de iniciar um novo dia é igualmente phodástiko!
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Sim. Muito obrigado. Perdão por não responder antes .um grande abraço
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Velho, muito muito bom!!
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Po, velho, foi mal a demora. Mas um grande abraço. E obrigadão
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You’re welcome, manolo! o/
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muito intenso, poético, flamejante que irradia meus olhos de lágrimas, amo seus poemas e crônicas, não a nada tão artístico como seus sentimentos. – admirador mais que suspeito
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