A rua era curtinha, estreita, mas abria caminho pruma outra ruazinha que se você seguisse nela e depois imbicasse pra esquerda, daria numa avenida que te levaria reto pro centro da cidade. Cidade de Marília. Cidade estranha. Compacta talvez seja a palavra. Povo tranquilo. É quase um vilarejo que cresceu rápido demais e quando se … Continue lendo Bazar da Lua – Capítulo I (Porém, não prometemos um capítulo II)
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Meu tio foi o primeiro comunista da minha vida. Ou quase. Sendo o mais velho dos dois irmãos, se viu adulto antes mesmo das bicicletas e do spider-man. O pai morreu bem cedo, em diversos sentidos: jovem, quase de manhãzinha e com dois filhos miúdos. Morreu como quis: bêbado, na madrugada e depois da putaria. … Continue lendo Meu tio trotskista e [a galinha d]o partido
Encosta na parede aí rapidinho. Joga boné e mochila no chão. Não vira, porra, olha pra parede. acende um cigarro. Mãos na cabeça. Faz alguma coisa da vida? Cadê a droga? Se não tiver e eu achar, vai ser pior. Abre as pernas. DIREITO, PORRA, tá assado? soco no saco. Tira o sapato. Dá o … Continue lendo É vitimismo