"Nas catacumbas pelas tardes, quando há menos trabalho pinto nas paredes das catacumbas a imagem dos Santos dos Santos que morreram matando a fome e pela manhã imito os Santos agora quero falar dos Santos." Filho de agricultor com professora, José Leonel Rugama nasceu em Vale de Matapalos, Estelí, na Nicarágua, em março de mil … Continue lendo A Nicarágua é um poema de Vinicius de Moraes – tão belo quanto triste
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Estou aqui num campinho perto de casa. Isso mesmo, estou. Não estava nem estarei. Estou. O campo fica grudado numa creche, e recentemente construíram uma pequena arquibancada, uns poucos degraus de cimento. E aqui estamos nós. Um tantinho ali pra esquerda ergueram também um pequeno quartinho. Não tem reboco ainda. Talvez seja um projeto de … Continue lendo Pequeno tratado das doenças que queremos ter
noutro dia mandei uns versos e outras prosas ao poeta Álvaro Alves de Faria, aquele mesmo que vive só e conversa com passarinhos: um dos últimos poetas sobre meus originais disse ter lido todos, poemas crônicas um e outro conto perdido, e aquilo me deu uma raiva danada muitíssimo educado o poeta, disse ter gostado … Continue lendo Táubua de tiro ao Álvaro
Para cada verso dez verões, cem tristezas e muito mais cada passo constrói o morto, o morto que na ilusão da vida até sambou sambou sambas que Maria Angélica jamais sambaria, e como isso doía entre tribos, morros e Maria Angélica, o que há depois do teto? sonhos flutuam ao redor da casa, sonhos que … Continue lendo Mas eu não sabia que você sabia que a vida é tão boa
Este poema é para meu amigo Clóvis, o único amigo de infância que minha cabeça conservou, um grande companheiro, sempre o primeiro a dar um passo a frente, ótimo artista, apelava ao dom para ganhar as meninas, e com seus olhos verdes e aquela apaixonante habilidade de transformar cores em amor fazia um estrago danado, … Continue lendo Só um segundo, é sobre amor
Cláudio saiu batendo a porta com toda força, nunca mais olha na minha cara, gritou antes de partir para o elevador. Presumindo que seu Mário, o ascensorista, fosse fazer perguntas que não queria responder, optou pela escada, pouco se importando com o fato de estar no sétimo andar. Não desceu dois andares já estava aos … Continue lendo Perdão
Queria que esse ônibus tivesse três vezes o seu tamanho e andasse três vezes mais devagar. Talvez eu fizesse algumas amizades. Mas se assim fosse, a cidade também precisaria crescer três vezes, e precisaríamos de três vezes mais habitantes e mais ônibus para acolhê-los. Quem sabe dessa forma eu tivesse oportunidade de conhecer algumas pessoas. … Continue lendo Se esse ônibus falasse…
Meninos, eu vi. Ninguém me contou, eu vi. Real como o azul do céu ou o colorido da primavera. De carne e osso como você e Jesus Cristo. Um político honesto. Pasmem! Um político verdadeiramente honesto. Mas honesto de verdade, não até certo ponto. Um que não confunde a constituição com a bíblia nem quer … Continue lendo Meninos, eu (não) vi