Um São Sebastião meio niilista

Já contei aqui dum amigo que há tempos resolveu arriscar meter a cara no mundo pra ver de perto se ele é grande assim mesmo. Pois bem. Quando resolveu sumir, só o que chegou a mim foi que sem mais nem menos o menino enfiou na cabeça que tinha de estar na Bolívia, subiu num … Continue lendo Um São Sebastião meio niilista

Tutorial pra matar a avó e dormir semitranquilo

Quando você sente um certo amor, e falo no amor como doença, pelas palavras, começar um texto é, na melhor das hipóteses, impossível. Você pode ter a melhor ideia duma vida, um estalo divino, pouco importa, sem um começo decente, que pegue o leitor pela mão, suavemente, como uma mãe, e o envolva de boca … Continue lendo Tutorial pra matar a avó e dormir semitranquilo

Esqueci de acrescentar que ela usa óculos

Não lembro exatamente como surgiu, já nem estávamos juntos, vivíamos naquele momento a fase que se vive entre o terminar e o desvincular as rotinas de fato. Não sei explicar. Quebrar o primeiro bom dia, as reclamações, dúvidas e boas notícias, o ombro de tantos anos de confiança pode demorar certo tempo, então acabamos por … Continue lendo Esqueci de acrescentar que ela usa óculos

Breve como o tempo

Se Deus não dorme abraçado com Tom Jobim. Por favor, me dê só uma noite, Santo Pai. Uma noite. Num bar. Qualquer bar. Preciso dum trago só. Dois, se não for abuso, e olhá-lo de longe. Me bote ali, num banquinho ao lado do banheiro, perto daquele negócio onde os cavalheiros escarravam. E me traga … Continue lendo Breve como o tempo

Sai todo mundo daqui

Sei que está cansativo sempre o mesmo papo sobre amigos e lembranças mais do mesmo. Foi um raio na minha cabeça. Nunca acreditei (ninguém põe muita fé) no papo dos avós, naquilo de que os amigos passam namoradas passam dores felicidades colágeno tudo vai passando até passar. Mas você cresce, se acabam as aulas, uns … Continue lendo Sai todo mundo daqui

Ivan o Corcundão a solidão que eu fumei e um abraço pra São Sebastião

Não há nada pior que as lembranças dos amigos. A gente vai lembrando vai rindo e quando vê está triste feito um burro, e que burrico triste. Há quem chame essas coisas de nostalgia, quiçá saudade, eu prefiro puta-que-pariu-de-novo-não. Você ali, tranquilo, Luiz Melodia no rádio baseado entre os dedos. Baleiro, Macalé, Lenine, Ben, Donato, … Continue lendo Ivan o Corcundão a solidão que eu fumei e um abraço pra São Sebastião